No livro de ficção científica "Clãs da Lua Alfa" de Philip K. Dick, publicado em 1964, a lua Alfa III M2 é um satélite que serve de asilo para pacientes psiquiátricos terrestres largados à própria sorte. Nessa realidade alternativa, há divisão em grupos sociais (clãs), leis e lideranças semelhantes a um Estado constituído.
Quando uma psicóloga terrestre chega à Lua Alfa, ela conclui que a liderança daquela sociedade recai sobre os paranoicos, o que seria perigoso pela incapacidade deles de sentir empatia e se colocar no lugar do outro. A base emocional de sua ideologia seria o ódio. Ódio por tudo o que diferisse do seu grupo.
Os livros que eu escolho ler em seqüência ou ao mesmo tempo sempre - misteriosamente - se relacionam entre si ou sincronizam. E ao começar a ler "Como Conversar Com Um Fascista", vi que a autora Márcia Tiburi usa palavras muito parecidas com as de PKD para descrever uma situação atual e real: vivemos em uma sociedade fascista e temos muitas pessoas paranoicas em cargos de liderança política, religiosa e midiática. O medo, a paranoia e o ódio estão presentes nos discursos distorcidos e na tentativa de fazer com que vítimas e algozes troquem de lugar ao tentar estabelecer falácias - por exemplo: "heterofobia", "cristofobia" e "racismo reverso" - como verdades.
Eu tive uma experiência com fascistas/ paranoicos há um tempo atrás em uma mesa de bar. Eu ouvi todos os clichês reacionários possíveis - "meritocracia" foi uma palavra dita várias vezes pelo grupo e, acreditem, foi uma das mais "leves". Nesse caso específico eu segui o conselho de RuPaul:
Mas é sempre desconfortável lembrar daquele dia. Aquelas pessoas (que aliás, são gays) reproduzem discursos de opressão sem mensurar os possíveis danos para uma comunidade da qual fazem parte, para elas mesmas. E não são as únicas. Qualquer sessão de comentários de notícias na internet prova isso. Precisa haver limites para a idiotice. Do contrário - como diz M. Tiburi - o que resta é isolar-se e estocar alimentos.
Os livros que eu escolho ler em seqüência ou ao mesmo tempo sempre - misteriosamente - se relacionam entre si ou sincronizam. E ao começar a ler "Como Conversar Com Um Fascista", vi que a autora Márcia Tiburi usa palavras muito parecidas com as de PKD para descrever uma situação atual e real: vivemos em uma sociedade fascista e temos muitas pessoas paranoicas em cargos de liderança política, religiosa e midiática. O medo, a paranoia e o ódio estão presentes nos discursos distorcidos e na tentativa de fazer com que vítimas e algozes troquem de lugar ao tentar estabelecer falácias - por exemplo: "heterofobia", "cristofobia" e "racismo reverso" - como verdades.
Eu tive uma experiência com fascistas/ paranoicos há um tempo atrás em uma mesa de bar. Eu ouvi todos os clichês reacionários possíveis - "meritocracia" foi uma palavra dita várias vezes pelo grupo e, acreditem, foi uma das mais "leves". Nesse caso específico eu segui o conselho de RuPaul:
Mas é sempre desconfortável lembrar daquele dia. Aquelas pessoas (que aliás, são gays) reproduzem discursos de opressão sem mensurar os possíveis danos para uma comunidade da qual fazem parte, para elas mesmas. E não são as únicas. Qualquer sessão de comentários de notícias na internet prova isso. Precisa haver limites para a idiotice. Do contrário - como diz M. Tiburi - o que resta é isolar-se e estocar alimentos.