Quando me interessei por cinema clássico, assisti "O Pecado Mora ao Lado" e "Os Homens Preferem as Loiras", com Marilyn Monroe. Estava seguindo o protocolo das descobertas cinematográficas. Não fiquei impressionado com ela, mas decidi dar mais uma chance. Assisti então "Niagara" e ali eu soube que tinha sido finalmente hipnotizado.
Pouco tempo depois, eu estava assistindo a todos os seus filmes e devorando livros sobre sua vida - nem todos bons. "Marilyn e JFK", de François Forestier, parece pouco confiável, além de se referir à Marilyn e Jackie de modo misógino. Em "Marilyn", Norman Mailer aparenta maior preocupação em rebater dados de outros escritores do que em contar a história dela.
Se eu tiver que recomendar um livro biográfico seria "Os Últimos Anos de Marilyn Monroe" de Keith Badman. Através de uma pesquisa bem feita, o autor esmiuça detalhes da vida da atriz nos anos de 1961 e 1962: sua internação em uma clínica psiquiátrica aos 35 anos, possíveis estupros, seu vício em remédios, seu relacionamento com o irmãos Kennedy e com aquele que nunca a abandonou - o ex-marido Joe DiMaggio. Lembro de ter achado esse livro fascinante e perturbador ao mesmo tempo.
Sobre filmes, eu recomendaria "Don't Bother to Knock", em que Marilyn interpreta uma babá com problemas mentais; e "Niagara", em que faz uma mulher que planeja a morte do marido. O interessante desses dois títulos é que as personagens fogem do clichê loira-burra-sensual que viria a se tornar lugar comum em sua carreira.
Se eu tiver que recomendar um momento musical, seria ela cantando "One Silver Dollar" no filme "River of No Return". Fuja do filme: é horroroso. Mas ouça a música, que é perfeita e ficou linda na voz dela.


Nenhum comentário:
Postar um comentário